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sábado, 26 de junho de 2010

O PEQUENO VITOR HUGO


Quem ainda não ouviu falar do Vitor Hugo? Como um presente do Senhor ele veio a nós lá no Criança Feliz. Desde o primeiro momento sabíamos ou pressentíamos que sua vida não deveria ser longa. Nasceu com problemas o pequeno Vitor. Até mesmo para se tornar Vitor Hugo ele precisou do amparo da Justiça.

Sofremos e choramos com ele desde o primeiro instante tanto pelo seu sofrimento como por sentir que não tínhamos todos os recursos para cuidar dele da forma como haveria de precisar. Mas Deus não nos desamparou. As muitas idas ao Hospital, ao Pronto Socorro, às Clínicas de Ribeirão Preto e ao INCOR da Capital contribuíram para que uma plêiade de mães e pais substitutos fossem levantados.

Como foi amado o pequeno Vitor Hugo! Desde nossa coordenadora que ficou cerca de 15 no INCOR para onde tinha ido com o propósito de ficar apenas um dia até a última voluntária que conseguiu ficar apenas alguns instantes com o pequenino... como foi amado o pequeno Vitor Hugo!

Faltaria o tempo se quiséssemos expressar nossa gratidão a todos os que foram ajuntados pelo próprio Deus para transmitir ao pequenino o quão grande era o amor do Senhor por ele. Que dizer dos funcionários do Paulinha Bordados que saiam do trabalho e em revezamento planejado, de duas em duas horas, se entregavam por amor ao cuidado da criança indefesa?

Que dizer dos irmãos da Igreja Batista que além de contribuírem financeiramente em todos os cultos ainda encontraram tempo para auxiliar na assistência que o Hospital recomendava e não tinha condições de manter? Que dizer dos irmãos que tomavam o pequenino em seus braços e passavam horas e horas orando ao Senhor pela saúde e pela cura do menininho?

Que dizer daquela senhora que teve filho quase na mesma data e que, por conta própria, compareceu ao Criança Feliz se propondo auxiliar no leite que ainda acreditávamos que ele iria aceitar? Como agradecer a senhora que se propôs a ficar algumas horas na Santa Casa mas acabou ficando uma noite inteira e quase um dia inteiro porque não conseguíamos arrumar ninguém para substituí-la? Como agradecer por atitudes como essa?

Que palavras teríamos que usar para agradecer aos médicos, ao pessoal da portaria, ao corpo de enfermagem da Santa Casa e aos funcionários e técnicos do Pronto Socorro, da ENFERMED, do SAMS e da APAE de Ibitinga? Com que palavras poderíamos externar a nossa gratidão ao poder publico municipal pela ajuda que proporcionaram e pela suplementação que seria concedida pelo Poder Público exatamente no dia em que Deus o chamou?

Que palavras deveriam ser usadas para agradecer a Deus pela excelente equipe com que Deus nos premiou lá no Projeto Criança Feliz? Falar o nome de alguns deles seria desastroso pela simples possibilidade de esquecer de alguém...e como esquecer alguém?

É possível que ainda tenhamos nos esquecido de alguém ou quem sabe até haja alguém do qual nunca iremos ficar sabendo...alguém que tenha orado, alguém que tenha ajudado ou, pelo menos, alguém que tenha feito parte da imensa platéia que “torceu” para que o pequenino tivesse um final feliz, bem sucedido, totalmente curado e vivendo a plenitude de uma vida longa e muito abençoada aqui na terra.

A todos vocês que foram a família de amor do Vitor Hugo, só resta o nosso muito obrigado... Para mim, como Pastor e Primeiro Tesoureiro do Projeto Criança Feliz, o momento mais emocionante aconteceu dentro do Velório Municipal quando contemplei a imensa quantidade de pais e mães que ali estavam, chorando lágrimas de amor pelo pequenino que Deus tinha chamado. Pude ver e constatar com máxima clareza, se alguma duvida ainda existisse, o quanto foi amado o pequeno Vitor Hugo...

Mas, sem duvida alguma, o momento que mais marcou minha experiência com o pequenino foi quando abri a Sagrada Escritura ao dirigir o culto que acontecia no Velório Municipal na manhã daquele dia 19 de junho de 2010. O texto recomendado estava em Mateus 18 onde o Senhor Jesus tinha afirmado o seguinte:

Ao ouvir seus discípulos questionando sobre quem era o maior no reino dos céus, o Senhor Jesus, tomou uma criança, colocou-a no meio deles e disse: Eu lhes asseguro, a não ser que vocês se convertam e se tornem como crianças, jamais entrarão no Reino dos céus. QUEM RECEBE UMA CRIANÇA COMO ESTA, EM MEU NOME, A MIM ME RECEBE”.

Esse foi o momento mais marcante dos que passei nos últimos oito meses. Foi quando me dei conta que tínhamos cuidado, com imenso carinho, do próprio Jesus, usando as palavras dele mesmo. A todos que nos ajudaram a cumprir essa bela missão...nosso muito obrigado. (Amem).

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