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terça-feira, 6 de julho de 2010

A VIDA DE DANIEL LANGE - UM AGRADECIMENTO E UM DEPOIMENTO

Queremos agradecer publicamente a toda a Igreja Evangélica Batista de Ibitinga, a todos os irmãos que oraram durante 50 dias pela recuperação do esposo e pai Daniel Lange. Sabemos que a oração do justo muito pode em seus efeitos, mas também sabemos e conhecemos que a vontade soberana de Deus sempre prevalecerá sobre a sua vontade permissiva.

Nossos corações queriam o Daniel vivo e forte como sempre foi, homem criado dentro do evangelho, nascido numa família de evangelistas, pastores e fundadores de igreja que marcaram muito a história da Igreja Batista em Ibitinga.

Salientamos que no ano de 1993 cedeu, sem cobrança de nenhum aluguel à Igreja Batista do Jardim Redentor, em Bauru, um salão que ficava ao fundo de uma casa de sua propriedade na rua Luiz Zanetti n° 176 (Vila Maria) onde deu-se inicio a uma congregação que hoje é a Igreja Batista Memorial de Ibitinga (Convenção Batista Brasileira).

Daniel foi o homem que sempre permitiu a abertura da sua casa para reuniões dos antigos grupos setoriais que depois foram transformados em células. Uma delas, até hoje, continua funcionando em sua residência.

Casou-se em 03 de fevereiro de 1973 no templo da Igreja Batista de Ibitinga, sendo o seu casamento o segundo a ser realizado dentro do novo templo da Rua Capitão Felício Racy e quando seus dois filhos nasceram, em 1975 e 1979, fez questão que os mesmos fossem consagrados a Deus pelas mãos do mesmo pastor que o casou – o apóstolo Antenor Lourenço. Foi esse mesmo pastor que celebrou suas bodas de prata em 1998, no mesmo local onde tinha celebrado seu casamento.

Daniel tinha uma vida ligada ao evangelho e sempre esteve, do seu modo, ao lado de Jesus. E o Senhor sempre o protegeu nos mais difíceis momentos pelos quais passou e Daniel, por sua vez, sempre soube que as bênçãos que experimentava também eram sinais da presença de Jesus.

Sempre impressionou a todos que o conheceram a atitude que tomou em 1996, em acordo com sua família, de deixar o trabalho para cuidar de sua mãe Maria Emerich Lange, que se encontrava enferma, presa ao leito, sem movimentos. Daniel honrou a Palavra de Deus cumprindo com honra o papel de filho até o dia em que o Senhor a chamou, aproximadamente três anos depois, em agosto de 1999.

Como caminhoneiro, na qualidade de motorista profissional, viajou por todos os recantos do Brasil, sempre com um guia, um mapa e um GPS que dificilmente falhava em seus cálculos. Já fazia mais de três anos que tinha deixado de ser caminhoneiro. Estava trabalhando durante as noites na Funerária Fernandes – agência de Tabatinga. Nessa função tinha feito muitos amigos, tantos quantos tinha feito em nossa cidade e por todos os lugares onde passou em suas viagens.

A poucos dias sentiu-se mal, com tonturas, quadro que foi piorando dia após dia. Levado ao consultório do Dr. Capelari, neurocirurgião da cidade de Araraquara, submeteu-se a um exame de ressonância magnética e o resultado tirou o chão da família naquela tarde de 14 de maio. Era tudo o que não desejávamos ouvir. Havia um tumor no cerebelo pressionando o canal que leva o líquor para medula óssea. E a noticia era ainda mais grave pois o tal tumor já era metástase. Depois de exames minuciosos, descobriu-se que o tumor principal estava em seu rim esquerdo e já havia se espalhado pelo fígado e pulmão.

Daniel foi imediatamente encaminhado para Jau e depois repassado para Araraquara onde havia um setor especializado neurocirurgia. Foram recomendadas vinte sessões de radioterapia que debilitaram ainda mais seu quadro físico e geraram uma pneumonia da qual não conseguiu se recuperar satisfatoriamente.

De volta ao seu lar, a cada dia mais debilitado, aprouve ao Autor da Vida chamá-lo a morada eterna na manhã do dia 3 de julho. Alguns minutos antes, com muita lucidez, falava com sua esposa sobre seus dois filhos e sua neta mas uma parada cardio respiratória determinou o instante de sua partida ao mesmo tempo em que o carro resgate do Corpo de Bombeiros de Ibitinga era acionado.

Uns dias antes, mais precisamente na terça feira, dia 29 de junho, Daniel recebeu a visita da Pastora Raquel Quaresma Kalupnieks e a mão de Deus se fez sentir de forma gloriosa naquela casa. Daniel Lange, ainda muito lúcido, sendo apenas um participante do evangelho de Cristo, tomou a decisão de aceitá-lo como seu único Salvador. De mero coadjuvante,  Daniel se tornava biblicamente um Filho de Deus, um homem lavado e remido pelo sangue que o Senhor Jesus tinha derramado na cruz selando a aliança com a humanidade. Chegou a expressar seu desejo de receber o batismo das águas mas o Autor da Vida não lhe concedeu tempo para cumprir esse desejo. A Palavra do Senhor afirma que se alguém confessar com sua boca que Jesus é Senhor e no coração crer que Ele ressuscitou dos mortos, será salvo. Com o coração se crê e com a boca se confessa para a salvação (Romanos 10.9 e 10).

Assim foi Daniel Lange. Esposo, pai, avô, enfim, um homem que sempre semeou o evangelho mesmo sem ter tomado uma posição oficial ao lado do Senhor em seus 61 anos de vida terrena e que, nos seus últimos quatro dias antes de partir para a eternidade, teve um encontro verdadeiro e pessoal com nosso Salvador e Senhor.

Nós, família Lange: Cleusa, Rinaldo, Daniel, Roselaine e Marianne queremos agradecer a todos os pastores que nos ajudaram, especialmente o Pastor Antenor e a Pastora Raquel que abraçou a causa de Daniel desde o primeiro dia. Agradecemos, ainda, ao pessoal da célula da Dra. Silvana que nunca deixou de apoiar e orar, à própria Doutora Silvana que sempre nos socorreu nos momentos em que precisamos de apoio médico, ao pessoal da célula do irmão Fábio que sempre se reuniu na casa do Daniel e que precisou mudar de lugar por causa da luta que a família travava, a todos os irmãos que oraram por ele, irmãos de várias denominações e de muitas cidades segundo tem chegado ao nosso conhecimento, gente que se uniu a nós nesse momento de clamor. Agradecemos à irmã Leia Chiquezi que foi um verdadeiro canal de bênçãos para todos nós. Enfim, agradecemos à Igreja de Deus como um todo e ao próprio Deus por entendermos que Ele fez o melhor para Daniel e para toda a família.

Que Deus abençoe a todos. RINALDO BONIFACIO LANGE (4 de julho de 2010).

 
Daniel e Cleuza no dia de seu casamento em 1975., no Templo Batista de Ibitinga, união celebrada pelo Pastor Antenor Lourenço. Esse foi o segundo casamento realizado no templo novo.

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